O sol egípcio reina absoluto no céu, um deus incandescente que derrama ouro líquido sobre as dunas infinitas. Sob a sua luz implacável, o deserto arde e respira e o calor dança no horizonte, ondulando como um véu de miragens...

“A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa... O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.” José Saramago (1981) [adaptado]
O abelharuco (Merops apiaster) é uma ave colorida e esguia encontrada no Egito, especialmente em áreas abertas, savanas e margens de rios. Conhecido pela sua habilidade em capturar insetos em pleno voo, ele alimenta-se principalmente de abelhas e vespas, removendo o ferrão antes de ingeri-las. A sua plumagem vibrante, com tons de azul, verde e amarelo, faz dele uma das aves mais belas da região. Além de sua impressionante destreza aérea, o abelharuco é uma espécie migratória, viajando entre a Europa e África ao longo do ano. No Egito, ele pode ser observado durante as suas rotas migratórias, formando grandes bandos que cruzam o céu em busca de alimento e locais adequados para descanso. O seu canto melodioso e comportamento social reforçam a sua presença marcante na fauna egípcia, sendo um símbolo da riqueza natural do país.