Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
e toda a realidade é um excesso, uma violência,
uma alucinação extraordinariamente nítida
que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
o centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
(...)
Álvaro de Campos, in "Poemas"
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