Nas areias eternas do deserto, onde o tempo parece repousar em
silêncios dourados, nasce a tapeçaria berbere — uma dança de fios e histórias
entrelaçadas. Cada linha é um sussurro ancestral, uma memória preservada pelas
mãos ágeis de artesãos que transformam o ordinário em arte divina. Ali, nos
padrões geométricos e nas cores vibrantes, esconde-se o espírito do povo
berbere: resiliente, livre como o vento do Saara, e profundamente ligado à
terra que o sustenta. Os tapetes não são apenas ornamentos; são mapas de
vidas, sonhos e crenças. O azul evoca o céu infinito, o vermelho carrega a
paixão do fogo, o amarelo reflete o brilho do sol, e o verde celebra a
fertilidade de um oásis improvável. O nosso grupo, com trabalho minucioso, vai "tecendo" no papel um padrão tingido com as cores quentes do deserto.
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