VIAGENS COM ALMA
“A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa... O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já.” José Saramago (1981) [adaptado]
segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
quinta-feira, 20 de novembro de 2025
Cartaz e Convite
Próximo da data de inauguração da nossa "Viagem", assinalamos o evento com a publicação do Cartaz e Convite. Teremos um programa especial de abertura da exposição e contamos com a vossa companhia. Ela será para nós o melhor incentivo para continuarmos com este "espírito aventureiro". Até lá...
sábado, 15 de novembro de 2025
Viagem à Vista
Entre o silêncio do Alentejo e o sussurro das Beiras, duas casas abrem-se ao tempo com a simplicidade serena de quem acolhe tudo o que chega. Lado a lado, conversam num idioma tecido de terra, de calor e de gestos despretensiosos. No Alentejo, respira-se a calma que se alonga; nas Beiras, sente-se a força que perdura.
É com este espírito que continuamos a pintar os nossos cenários de grandes dimensões e, a cada passo, aproximamo-nos dos nossos dois destinos. A viagem tem data marcada: quatro de dezembro. Estamos atarefadíssimos, mas felizes por dar forma a mais uma aventura.
quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Alentejo: Azul e Branco
Apresentam-se apenas alguns trabalhos dos alunos do 7.º ano. Estarão todos expostos em breve na "Viagem" pelo Alentejo e Beiras. A nossa exposição inaugurará no dia 4 de dezembro e vamos ter muito para mostrar.
Nas terras silenciosas do Alentejo, o branco das casas e o azul do céu encontram-se nas mãos dos artesãos. É nas suas oficinas que o barro ganha forma e vida, transformando-se em pratos, jarras e azulejos que guardam a alma da região. O pincel desliza com calma, desenhando flores, ramos, pássaros e ondas — motivos simples, mas cheios de significado. O azul, profundo e sereno, contrasta com o branco puro, lembrando a luz intensa do verão e a paz das paisagens alentejanas. Cada peça é única, fruto do gesto e da paciência, como se o tempo parasse um pouco para deixar a arte respirar. Assim, a cerâmica azul e branca do Alentejo não é apenas um objeto decorativo: é um pedaço de história, de tradição e de beleza que continua a inspirar quem a observa e recria.
sexta-feira, 7 de novembro de 2025
Azeitonas - Memória e Alma da Terra (em atualização)
As oliveiras, com as suas formas retorcidas e raízes antigas, contam histórias de permanência e resistência. São testemunhas silenciosas de um modo de viver que se constrói entre o sol intenso, a paciência das colheitas e o respeito pela natureza. A azeitona, fruto da oliveira, encerra em si o sabor da tradição, a força do trabalho e a beleza do simples — valores que moldaram a identidade cultural destas regiões e inspiram gerações.
Neste contexto, a proposta
desafia-os a observar,
interpretar e representar o universo simbólico da azeitona
através das linguagens visuais. Pretende-se explorar a sua presença estética, o
seu valor histórico e a sua dimensão emocional, transformando o tema em
expressão plástica e poética.
Mais do que um exercício
artístico, esta proposta é um convite à contemplação: uma viagem pelas cores da
terra, pelas texturas do tempo e pelas memórias que vivem no silêncio dos
campos. Assim, a arte torna-se meio de encontro entre o território e a alma —
um gesto de reconhecimento e de criação inspirado pelo fruto que, há séculos,
alimenta o corpo e o espírito.
domingo, 2 de novembro de 2025
Memória das Beiras (em atualização)
Às Voltas entre as Beiras e o Alentejo
Os nossos grandes cenários vão ganhando forma, cor e identidade...
Entre o silêncio das serras e o
eco antigo das aldeias, ergue-se a pedra — matéria viva da memória das Beiras.
Fria ao toque, mas quente de histórias, moldada pela mão paciente dos homens
que a souberam ouvir. Nas paredes, nos muros, nas portas gastas pelo tempo,
cada pedra conta um fragmento de um passado que ainda respira no presente.
A arquitetura popular desta
região é um diálogo entre o homem e o território: o granito e o xisto
transformam-se em abrigo, identidade e poesia. A simplicidade das construções,
feitas com o que a terra oferece, revela uma sabedoria ancestral — uma harmonia
entre o natural e o humano, entre a forma e a função.
Estes cenários pretendem captar
essa alma rústica e verdadeira, através do jogo de luz e sombra que revela
texturas, fissuras e marcas do tempo. O traço do pincel torna-se testemunho da
persistência da pedra — firme, resistente, bela na sua imperfeição.
A arquitetura popular do Alentejo reflete a identidade
cultural e histórica da região, marcada por simplicidade, funcionalidade e uma
profunda ligação ao ambiente natural. Caracterizada por casas caiadas de
branco, com barras azuis ou amarelas e telhados de duas águas, essa arquitetura
traduz uma estética tradicional que alia beleza e praticidade, adaptando-se ao
clima quente e seco do sul de Portugal. Um dos elementos mais distintivos é a
chaminé decorada, muitas vezes trabalhada com grande detalhe, que além da sua
função prática, assume um papel simbólico e decorativo, sendo motivo de orgulho
para as famílias alentejanas. Neste trabalho de pintura, procura-se representar
alguns desses elementos icónicos, valorizando as formas, as cores e os detalhes
que tornam o património arquitetónico alentejano tão singular.



