A 13 de junho, celebra-se o Dia de Santo
António. Mais adiante, o dia de São João (24 de junho), depois o de São Pedro
(29 de junho) – e mais se poderiam acrescentar até ao Dia de Todos-os-Santos. Cada dia do calendário tem um ou mais santos e a
sua celebração – independentemente de se acreditar ou não, e em que grau, nos
dogmas, preceitos e enigmas da santidade – é uma boa
oportunidade para se festejar. Nas vilas e aldeias portuguesas (ou nos bairros das grandes cidades), os
santos “de verão” constituem um ótimo pretexto para organizar festas e
procissões, bailaricos e vendas, comer farturas, pão com chouriço e sardinha
assada… São festas com grandes tradições e duram dias, e até mesmo o mês de Junho já está como consagrado, amiúde, "às festas da cidade", tendo sempre o santo como padroeiro e mentor.
(adaptado do artigo do prof. Mário Cordeiro para o jornal i - junho 2016)
Noite de S. João
para Além do Muro do Meu Quintal
Noite de S. João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de S. João.
Porque há S. João onde o festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo.
“Poemas Inconjuntos” - Alberto
Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa
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