sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Santos "de verão"




A 13 de junho, celebra-se o Dia de Santo António. Mais adiante, o dia de São João (24 de junho), depois o de São Pedro (29 de junho) – e mais se poderiam acrescentar até ao Dia de Todos-os-Santos. Cada dia do calendário tem um ou mais santos e a sua celebração – independentemente de se acreditar ou não, e em que grau, nos dogmas, preceitos e enigmas da santidade – é uma boa oportunidade para se festejar. Nas vilas e aldeias portuguesas (ou nos bairros das grandes cidades), os santos “de verão” constituem um ótimo pretexto para organizar festas e procissões, bailaricos e vendas, comer farturas, pão com chouriço e sardinha assada… São festas com grandes tradições e duram dias, e até mesmo o mês de Junho já está como consagrado, amiúde, "às festas da cidade", tendo sempre o santo como padroeiro e mentor.

(adaptado do artigo do prof. Mário Cordeiro para o jornal i - junho 2016)


Noite de S. João para Além do Muro do Meu Quintal

Noite de S. João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de S. João.
Porque há S. João onde o festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo.

“Poemas Inconjuntos” - Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa


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